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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Síndrome de Jacobs

O que é?

A Síndrome de Jacobs é uma aneuploidia (mutação cromossómica numérica: trissomia – 3 cromossomas em vez de um único par). Esta anomalia afecta apenas os indivíduos do sexo masculino que recebem um cromossoma Y a mais em cada célula. Assim, homens portadores desta doença apresentam o cariótipo 47 XYY.
Esta síndrome é causada pela não disjunção dos cromossomas homólogos na fase reducional da meiose e não separação dois cromatídeos na fase equacional da meiose durante a espermatogénese. Assim, cada indivíduo recebe dois cromossomas Y e um único X. O cromossoma Y transporta uma quantidade de genes reduzida, como tal esta doença não apresenta graves anomalias físicas.
A Trissomia 47 XYY tem uma frequência de 2 em cada 1000 nascimentos, em indivíduos de fertilidade regular. Contudo, em casos de criminosos e doentes mentais essa frequência aumenta para 3%.
Existe uma grande dificuldade em avaliar o prognóstico de um feto XYY por isso este é um dos mais graves problemas enfrentados nos programas de diagnóstico pré-natal. Também é importante referir que a fertilidade dos homens afectados por esta doença é regular e não existe nenhum risco conhecido destes homens terem filhos com cromossomas anormais.




História

A Síndrome de Jacobs foi descoberta nos Estados Unidos, em 1961, por Sandberg. O seu paciente tinha 44 anos e era pai de 6 filhos, frutos de 2 casamentos. Destes, dois apresentavam anomalias, uma filha tinha Síndrome de Down e outra não apresentava órgãos sexuais internos.
Em 1965, foram publicados dados de um estudo realizado num estabelecimento criminal da Escócia por Patrícia Jacobs (daí o nome atribuído à doença). Neste estabelecimento todos os doentes tinham um problema comportamental ou doença mental e sete pessoas eram portadoras da Síndrome 47 XYY.
Um dos casos mais conhecidos desta trissomia aconteceu a 4 de Setembro de 1965, quando Daniel Hugon, francês de 29 anos, foi acusado de assassinato e condenado a apenas 7 anos de prisão (em vez de15 anos, como previsto na lei da época para casos de homicídio não premeditado). Esta foi a primeira vez que a Síndrome de Jacobs apareceu em tribunal como forma de diminuir a pena. Em 1968, o processo contra Hugon é encerrado e este é considerado inocente pois apresentava um Y a mais no seu cariótipo.

! Atenção: muitas vezes, a Síndrome da Supermasculinidade é associada à criminalidade. Contudo, os portadores desta doença, quando sujeitos a ambientes favoráveis ao seu desenvolvimento, podem não manifestar os sintomas de forma tão acentuada.

Características

Entre os 23 pares de cromossomas que constituem o ser humano, apenas um é responsável pela definição do sexo do indivíduo uma vez que difere em homens e mulheres. Nas mulheres o par sexual é igual, XX, enquanto nos homens o par é constituído por dois cromossomas distintos, XY. O par característico do sexo masculino é que determina a distribuição hormonal e características dos homens.



  • Altura média de 1,80m;
  • Falta de apetite sexual;
  • Acne facial em grande número durante a adolescência;
  •  Anomalias nos órgãos genitais;
  •  Dificuldades no desenvolvimento motor;
  •  Dificuldades na fala;
  • Taxa de testosterona elevada (considerado um factor que contribui para o aumento da agressividade e comportamentos anti-sociais);
  • Imaturidade no desenvolvimento emocional;
  • Dificuldades de concentração;
  • Hiperactividade, impulsividade, agressividade;
  • Crescimento relativamente acelerado na infância;
  • QI abaixo do normal;
  • Dentes grandes;
  • Mãos e pés compridos.

Não existe tratamento para esta anomalia genética. No entanto, indivíduos portadores de 47-XYY com distúrbios psicológicos podem receber apoio psicológico durante o seu desenvolvimento.

Causas

Esta síndrome é causada pela não disjunção dos cromossomas homólogos na fase reducional da meiose e não separação dois cromatídeos na fase equacional da meiose durante a espermatogénese. Assim, cada indivíduo recebe dois cromossomas Y e um único X. O cromossoma Y transporta uma quantidade de genes reduzida, como tal esta doença não apresenta graves anomalias físicas. Outra possível causa desta mutação cromossómica é a idade avançada da mãe na gravidez.
Um estudo realizado constatou que fumar durante a adolescência pode ser um factor que influencia a constituição do esperma e diminuição da sua qualidade. Isso pode afectar a fertilidade do homem e aumentar a probabilidade de mutações, como por exemplo 47 XYY.

Consequências

Os doentes com 47, XYY estão em risco de contrariar algumas doenças como:
  • leucemia;
  • linfomas, um tumor que geralmente está associado ao estômago e intestino, derivado dos linfócitos – glóbulos brancos;
  • criptorquidia, ocorre quando não há uma descida correcta do testículo da cavidade abdominal para o escroto;
  • hipospádias que consiste na má formação na ponta do pénis.

Estudo de Arthur Shawcross
Em 1972, Arthur Shawcross assassinou duas crianças (uma menina e um menino), em Watertown, Nova Iorque. No mesmo ano, estudos realizados confirmaram que a menina tinha sido violada e que o corpo do menino foi encontrado seis meses após o incidente, o que aumentou a possibilidade de Shawcross não ser acusado de homicídio. No entanto, concluiu-se que o homicida seria acusado de homicídio involuntário caso confessasse. Deste modo, Arthur Shawcross foi condenado a 25 anos de prisão. Em 1987, foi libertado sob caução e continuou com a sua vida em Nova Iorque e Rochester.
Shawcross não parecia constituir uma ameaça mas este pensamento foi contrariado quando entre 1988 e 1990 violou, espancou e assassinou onze prostitutas. Foi novamente preso quando um helicóptero da polícia o localizou.
O estudo do caso foi realizado pelo psiquiatra Richard Kraus que concluiu que Shawcross era portador do cromossoma XYY, resultante de uma mutação cromossómica e responsável pelo seu comportamento violento. O psiquiatra afirmou “ A urina revelou um metabólito químico denominado criptopirrole que normalmente não existe nos seres humanos”. Concluiu, que Arthur Shawcross era uma “bomba ambulante” e incapaz de controlar os seus sentimentos em situações violentas.
Bilhete:



sábado, 12 de novembro de 2011

Ecografia 3D

Ecografias na Gravidez

No âmbito da disciplina de Biologia, foi-nos proposta a realização de uma pesquisa sobre um tema à nossa escolha para apresentar no blog do grupo.
      Optámos por abordar o tema das ecografias realizadas durante a gravidez pois consideramos ser um tema interessante tanto para nós como para todas as mulheres que desejam ter filhos.

O que é uma ecografia? Como funciona?

Ecografia, também denominada de ultrassom ou de ultrassonografia, é um exame onde se utilizam ondas de som para captar a imagem, não só do bebe mas também do útero, placenta e outros órgãos. É o eco das ondas que permite à grávida ver o seu bebé, saber o progresso e desenvolvimento da gravidez, bem como o estado de saúde de ambos.
Consequentemente, observamos a posição do bebé, os seus movimentos e ainda o seu sexo, permitindo um laço emocional ainda maior entre a mãe e a criança.
Geralmente, o obstetra coloca um gel no abdómen da grávida, e em seguida o transdutor passa sobre esse gel e liberta ondas de som. Este mecanismo permite a visualização do bebé. Existe outra ecografia que é realizada até as onze semanas, que consta na introdução de um ultrassom na vagina, pois o feto ainda é muito pequeno para poder ser observado de outra forma.
Numa gravidez sem problemas, são realizadas três a quatro ecografias sendo feitas em diferentes estágios da gravidez. No entanto, poderão, ser realizadas mais ecografias dependendo da forma como progride a gravidez e que obstáculos existem. 

Tipos de Ecografia

Durante uma gravidez podem realizar-se várias ecografias. Numa gravidez normal são realizadas, no mínimo, três ecografias (uma em cada trimestre): entre as 11 e as 13 semanas, entre as 20 e as 22 semanas e, por fim, entre as 30 e as 32 semanas. Contudo, consoante o tipo de gravidez, o organismo da mãe ou alguns obstáculos que podem surgir o número de ecografias pode aumentar.
Existem dois tipos de ecografias que se realizam durante a gestação:

-   Via abdominal: a imagem é captada através da sonda que o médico coloca sobre o abdómen da paciente, após ter colocado o gel.

-   Com sonda vaginal: este tipo de ecografia permite obter imagens com uma grande qualidade a nível técnico na fase inicial da gravidez e também fazer algumas avaliações com carácter mais específico numa fase mais avançada.

A primeira ecografia realizada durante uma gravidez normal é feita entre as 11 e as13 semanas de gestação e pretende fazer a avaliação da translucência da nuca. Este exame pode ser feito, na maioria dos casos, por via abdominal.
Sendo a primeira ecografia, o médico tem vários objectivos:

~        Datar a gravidez;
~        Estudar a morfologia do feto de forma a diagnosticar alguma anomalia;
~        Diagnosticar uma gravidez múltipla e detectar o número de placentas existentes;
~        Medir a translucência da nuca (espessura da nuca), importante para o rastreio bioquímico combinado;
~        Avaliar os riscos de Síndroma de Down (Trissomia 21) ou outras anomalias cromossómicas;
~        Diagnosticar precocemente uma morte fetal.

No segundo trimestre da gravidez, efectua-se uma nova ecografia (entre as 20 e as 22 semanas de gestação), que é vulgarmente designada como “ecografia morfológica”. Por ser um exame minucioso em que se observa o feto com grande detalhe, é um dos mais exigentes a nível técnico para quem o realiza.
Durante esta ecografia presta-se bastante atenção ao cérebro e aos diferentes órgãos e sistemas do feto no sentido de excluir qualquer malformação ou alteração anatómica. Caso se detecte qualquer problema, o casal deve ser informado e compreender o significado do problema. Neste exame, verifica-se, ainda, os batimentos cardíacos, a quantidade de líquido amniótico e o crescimento do feto através de algumas medições.
É nesta altura que a maioria dos casais pode conhecer (se assim o desejar) o sexo da sua criança.

Por fim, entre as 30 e as 32 semanas de gestação, realiza-se o último estudo ecográfico onde o médico avalia o crescimento do feto, o seu bem-estar e reassegura a sua normalidade através de alguns gestos:

~        Medição da cabeça, abdómen e fémur do feto;
~        Estimativa do peso do feto;
~        Avaliação da localização e morfologia da placenta;
~        Avaliação da quantidade de líquido amniótico;
~        Avaliação do fluxo sanguíneo ao nível da placenta e do feto através do Doppler;
~        Detecção de qualquer anomalia de instalação tardia, como a hérnia diafragmática.

As três ecografias descritas são as principais realizadas durante qualquer gravidez contudo existem outras que também são importantes para evitar alguma complicação ou mesmo aborto.

Uma destas ecografias é efectuada entre as 6 e as 10 semanas de gestação e pretende avaliar a vitalidade embrionária. Destina-se, sobretudo, a mulheres que tenham dores ou hemorragias na gravidez, que já tenham sofrido um aborto ou uma gravidez ectópica. Este exame é realizado, geralmente, por via vaginal e pretende:

~        Confirmar a gravidez;
~        Datar a gravidez;
~        Identificar o número de embriões;
~        Localizar a placenta;
~        Monitorizar a viabilidade e crescimento do feto.

Outra das ecografias que podem ser realizadas ocorre entre as 20 e as 28 semanas e pretende avaliar o colo do útero da paciente. Este exame é efectuado por via vaginal e destina-se a casos em que há suspeita de parto antes do termo. Durante esta ecografia faz-se a medição do colo do útero e assim conseguem detectar-se casos de gravidez de grande risco.

Vantagens

-   Não é um método agressivo nem para a mãe nem para o feto;
-   É segura, uma vez que é realizada no exterior não entrando em contacto com o feto; Possui um grande nível de aceitação por parte das pacientes;
-   O resultado é imediato;

Ecografia 3D

Com o avanço da tecnologia, as imagens das ecografias têm vindo a ter cada vez mais definição. A ecografia 3D permite obter imagens tridimensionais do feto e é muito popular entre os casais mais jovens.
Apesar de ser uma grande inovação na medicina e ser muitas vezes recomendada como suplemento da ecografia convencional, esta ecografia não substitui a «ecografia 2D».
A realização isolada deste tipo de exame não é recomendada para o estudo do feto porém, no futuro, pode vir a ser importante no diagnóstico de malformações.


Atenção!

A ecografia permite avaliar toda a anatomia do feto (interna e externa) e a presença de um feto bem formado mas isto não significa que o recém-nascido não tenha problemas pois a ecografia não consegue avaliar o funcionamento normal dos diferentes órgãos. 


Fontes:


http://www.paisefilhos.pt/index.php/gravidez/gesta-menu-gravidez-67/247-ecografia-na-gravidez
http://www.gforum.tv/board/1734/325223/principais-ecografias-fazer-durante-gravidez.html
http://www.mamasebebes.pt/9-meses/20/Ecografias
http://demaeparamae.pt/artigos/compreender-ecografias-gravidez
http://www.qualitaecografia.com.br/exames-servicos
http://www.net-bebes.com/gravidez/ecografias-obrigatorias-o-seu-objectivo-e-quando-devem-ser-realizadas
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/biologia/biologia_trabalhos/tecndiagnprenatal.htm

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dispositivo Intra-Uterino (DIU)



DIU - Reflexão

Após a realização deste trabalho, concluímos que o DIU é um dispositivo bastante utilizado (cerca de 160 milhões de mulheres) em todo o mundo. É um método contraceptivo com uma elevada taxa de eficácia e pode ser utilizado por longos períodos de tempo sendo assim cómodo e prático. Contudo, este aparelho apresenta algumas desvantagens para as mulheres que pretendem colocá-lo uma vez que pode aumentar o fluxo sanguíneo durante a menstruação bem como algumas cólicas. É importante relembrar que o DIU NÃO PROTEGE contra as doenças sexualmente transmissíveis.

Durante a realização deste trabalho sentimos algumas dificuldades em encontrar informação credível e coerente. Contudo, tentámos construir o nosso trabalho de forma objectiva e clara de forma a esclarecer os nossos colegas sobre este método. Assim, concluímos que o DIU é um método contraceptivo que poderíamos utilizar no futuro.